Sedação Paliativa
A sedação paliativa é uma opção para aliviar sofrimento de pacientes no fim da vida (pacientes terminais), devido a sintomas refratários, especialmente dispneia e delirium, após terem sido esgotadas todas as outras opções de tratamento.
A sedação paliativa é uma medida usada como último recurso em alguns casos de fase final de vida e processo ativo de morte. Essa conduta é realizada através de medicamentos sedativos, com o intuito de controlar sintomas de difícil manejo, em locais especializados como: hospices ou enfermarias, tendo em vista que as medicações provocam um estado de inconsciência.
O alívio de sofrimento, é a principal indicação da sedação, desde que o paciente apresente sintomas refratários ao tratamento proposto, ou apresente grande angústia existencial. O objetivo da sedação é preservar a dignidade do indivíduo.
•O paciente terminal é aquele que está em um estágio da doença na qual evoluirá inevitavelmente para o óbito, independente das medidas empregadas.
•Infelizmente, em nosso meio, por medo de processos judiciais ou pela dificuldade de aceitar a morte, a obstinação terapêutica é uma tônica tendo como consequência a distanásia: prolongamento do sofrimento por meios artificiais, sem perspectiva de cura ou melhora.
•Pesquisa realizada pela Economist Intelligence Unit de 2013 coloca o Brasil em 38º lugar em um ranking de 40 países quando o assunto é qualidade de morte. O país fica à frente apenas de Uganda e da Índia.
•A tomada de decisão envolve explicações prévias, discussões e concordância da equipe, pacientes e ou parentes.
•Pode ser feita em unidades hospitalares ou em alguns casos domicílio.
•Midazolam é o fármaco mais indicado na sedação paliativa.
•Deve ser mantido o uso de neurolépticos quando a sedação paliativa é introduzida devido ao quadro de delirium / agitação refratários.
•A monitoração resume apenas à observação do conforto, do alívio dos sintomas e da presença de efeitos adversos. Não existe consenso em suspender ou não o apoio hídrico e nutricional; a decisão deve ser tomada junto aos parentes.
Como se incia o processo de decisão da sedação paliativa:
A conversa sobre sedação paliativa, assim como o início do acompanhamento com a equipe especializada, tem maior benefício (traz maior conforto) quando abordado precocemente. Desta forma, o médico já tem maior conhecimento do caso, e o paciente, mais confiança e intimidade com seu médico, para assim, tirar suas dúvidas.
Quando o paciente é lúcido, orientado e deseja participar das decisões que envolvem sua saúde, é importante que conversem sobre:
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Sua condição atual
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Explicar e orientar sobre os possíveis sintomas que a doença de base pode causar
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Prognóstico atual e sobrevida
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Explicar sobre os métodos disponíveis para a sedação paliativa; Incluíndo graus de sedação e medicamentos utilizados.
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Efeitos da sedação; diminuição do nível de consciência, diminuição do contato, sonolência.
Os sintomas que devem ser aliviados com prioridade são:
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Dispnéia
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Sangramento
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Dor
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Agitação e delirium terminal
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Náuseas e vômitos
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Sofrimento existencial
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Fadiga severa com distúrbios de sono
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Outros sintomas que causem grande sofrimento ao paciente e que não sejam passíveis de controle paliativo convencional.
Drogas utilizadas na sedação paliativa:
EXISTE DIFERENÇA?
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Sedação paliativa
É a administração deliberada de fármacos em doses e combinações necessárias para reduzir o nível de consciência, com o consentimento do paciente ou de seu responsável, e possui o objetivo de aliviar adequadamente um ou mais sintomas refratários ao tratamento específico em pacientes com doença avançada/terminais.
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Eutanásia
1.MEDICINA - ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por doença incurável que produz dores intoleráveis.
2.JURÍDICO (TERMO) - direito de matar ou morrer por tal razão.
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Suicídio assistido.
Consiste em auxiliar alguém que não consegue sozinho concretizar o ato. Tal auxílio pode consistir em prescrição de doses letais de medicamentos ou apenas em apoio e encorajamento. No Brasil não existe brecha na lei para tal ato.