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Prevenção e proteção da Saúde: HIV na terceira Idade

A quantidade de pessoas já na terceira idade, contaminada com o vírus da Imunodeficiência Adquirira (HIV), de acordo com o Boletim Epidemiológico (AIDS e IST), elaborado pelo Ministério da Saúde, a taxa de HIV nos idosos aumentou mais de 80% entre 2001 e 2012.

O aumento na expectativa de vida e a melhoria na qualidade de vida, justamente com descobertas cientificas para aumentarem a atividade sexual, juntando com a resistência ao uso do preservativo, aumentou a exposição à doença.

Um dos grandes motivos para a transmissão é a resistência ao uso de preservativo nas relações sexuais. Na época em que os idosos de hoje iniciaram sua vida sexual, o uso de preservativos não era comum, não existiam aulas de orientação sexual; falar sobre sexo era um tabu, tão pouco os pais conversavam sobre esse assunto com seus filhos. E na maioria dos casos, é o homem que transmite o vírus para a sua parceira, que por sua vez acha que por ter uma relação de mais de 20,30 anos, por ser seu parceiro fixo, não é necessário o uso de preservativo.

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Mesmo hoje em dia, com o assunto sexo, sendo abordado com mais frequência e com certa naturalidade, ele ainda não abrange a terceira idade, a sociedade não consegue associar a imagem de um idoso a sexo, e ao dizer sociedade, podemos incluir profissionais do setor da saúde, infelizmente ainda existem médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que tem receio em abordar esse tema com essa parte da população. O preconceito relacionado a este assunto esta ancorado em questões de cunho cultural, e isso acaba refletindo em falta de ações eficazes de prevenção do HIV e ISTs para essa faixa etária.

A maioria dos projetos sociais para terceira idade são voltados a socialização e promoção de passeios, danças e  isso facilita o convívio de pessoas da mesma faixa hetaria,na maioria das vezes sozinhas, que passam a sentir atração pelos participantes, vontade de ter um relacionamento, inclusive de cunho sexual.

Faltam campanhas mais diretas, tanto em mídias sociais, quanto em UBS's do Brasil a fora, local onde a a grande maioria do publico é dessa faixa etária.

Montar equipes disciplinares em UBS, preparadas para desenvolver um trabalho com palestras, consultas explicativas sobre HIV, sintomas, maneiras de infecção, como prevenir e como tratar, caso seja diagnosticado, já seria um bom plano de ação, para assim conseguir uma diminuição de infectados nessa população e levar explicação de como ter uma qualidade de vida aos que já possuem o vírus.

Já existe alguns projetos para a qualificação de profissionais da área da saúde e implantações de ações de prevenção de IST/HIV/AIDS e educação sexual, diretamente voltada ao publico idoso, com uma linguagem adequada e acessível, mas ele é falho em sua ampliação, pois são pouquíssimos lugares que possuem esse projeto e pessoas qualificadas, além de não ser de conhecimento de grande parte da população. Em 2016 o governo de São Paulo lançou o "Manual da Sexualidade e Prevenção na Terceira Idade", material rico em informações, mas devido à falta de parcerias para sua divulgação, acabou não permitindo um maior alcance populacional e a garantia de continuidade das ações educativas.

Andando de mãos dadas com as oficinas educativas, os profissionais da saúde podem aplicar medidas de auxilio, como:

  • Ofertar preservativos masculinos, femininos e gel lubrificante, nas UBS e nos Espaços de convivência dos idosos, além, é claro, de uma palestra explicativa relaciona ao uso doa mesmos e suas vantagens;

  • Aumentar a oferta de exames de HIV, Hepatite B e C, Sífilis, assim contribuindo para o diagnostico precoce;

  • Produzir materiais educativos com o objetivo de atingir grande parte do Brasil, entrar com publicações em mídias social, assim mostrando não apenas para a terceira idade, mas para a população no geral que idoso também tem uma vida sexual ativa, eles também sentem prazer e não devem ser privados disso, mas sim auxiliados a sempre colocar sua proteção e segurança em primeiro lugar.;

  • Montar grupos para idosos em UBS, onde o tema seja sexualidade.

São medidas simples, mas que podem fazer uma grande diferença. Pois, pior que discriminar ou lidar com preconceito em relação à sexualidade e seus riscos após os 60 anos, é torna-la invisível aos olhos da população em especial a mais atingida e que carrega pouca bagagem de conhecimento sobre o assunto.

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