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  • O que é HPV? 

 

HPV é um vírus que infecta a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. O nome HPV é uma sigla inglesa para "Papiloma vírus humano" e cada tipo de HPV pode causar lesões em diferentes partes do corpo. 

O HPV é um vírus transmitido, em geral, pelo contato de pele com a pele, e o modo mais comum de transmissão é por meio do ato sexual. Por isso pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível. Mais raramente, pode também ser transmitido por objetos. No primeiro contato sexual 1 em cada 10 meninas chega a entrar em contato com o vírus. Em geral é sabido que entre 80 e 90% da população já entrou em contato com o vírus em algum momento da vida, mesmo que não tenha desenvolvido lesão. Mas é importante lembrar que mais de 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do organismo naturalmente, sem ter manifestações clínicas.

  • Tipos 

 

Existem mais de 200 tipos de HPV. Até hoje 150 deles já foram identificados e sequenciados geneticamente. 

Entre esses tipos, 14 apenas podem causar lesões precursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. Cerca de 70% dessas lesões são causadas pelos HPVs tipo 16 e 18, enquanto o HPV 31, 33, 45 e outros tipos menos comuns são encontradas nos casos restantes. 

Já os HPVs tipo 6 e 11 e outros de baixo risco também são bastante comuns em mulheres, mas causam apenas verrugas genitais. 

Os métodos mais eficazes de se detectar o HPV são métodos moleculares. Esses testes podem trazer informações como a presença, o tipo ou até marcar se esse HPV é ou não oncogênico, ou seja, se pode evoluir para um câncer. O PCR em tempo real é capaz de detectar a presença do vírus e além disso, descobrir o tipo de HPV. O teste de captura híbrida também pode ser usado, mas não consegue descobrir exatamente qual o tipo do vírus. 

  • Causas 

O HPV é um vírus que se transmite no contato pele com pele, por isso pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível, até porque 98% das transmissões ocorrem através do contato sexual. Mas diferente das outras DSTs, não é preciso haver troca de fluídos para que a transmissão ocorra: só o contato do pênis com a vagina, por exemplo, já ocasiona a transmissão do vírus. 

O uso da camisinha é uma proteção importante para evitar a transmissão do HPV e não deve ser esquecida mesmo durante o sexo anal ou sexo oral. A camisinha feminina é uma boa aliada, pois ela permite um contato menor ainda entre a pele dos parceiros. 

Outras formas de transmissão, muito mais raras, são pelo contato com verrugas de pele, compartilhamento de roupas íntimas ou toalhas e, por fim, a transmissão vertical, ou seja, da mãe para o feto, que pode ocorrer durante o parto. 

O vírus pode ser transmitido mesmo quando a pessoa não percebe ter os sintomas. Outro ponto sobre o HPV é que apesar de os sintomas normalmente se manifestarem após entre dois e oito meses da infecção, ele pode ficar encubado, ou seja, presente no organismo, mas sem se manifestar, por até 20 anos. Por isso é praticamente impossível saber quando ou como a pessoa foi infectada pelo HPV. 

  • Fatores de risco 

 

Quaisquer pessoas que tenham uma vida sexual ativa estão em risco de entrar em contato com algum dos tipos de HPV. No entanto alguns fatores de risco aumentam a chance de esse contato ocorrer: 

  • Sexo sem proteção; 

  • Vida sexual precoce; 

  • Múltiplos parceiros; 

  • Não fazer exames de rotina; 

  • Imunodepressão, ou seja, a queda do sistema imunológico; 

  • Presença de outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). 

Além disso, os fatores de risco para câncer associado ao HPV são alterações da resposta imunológica em nosso organismo, como: 

  • Múltiplas gestações;

  • Uso de contraceptivos orais de alta dose por tempo prolongado;

  • Tabagismo;

  • Infecção pelo HIV;

  • Tratamento com quimioterapia, radioterapia ou imunossupressores;

  • Presença de outras doenças sexualmente transmitidas, como herpes simples e clamídia. 

  • Sintomas de HPV 

 

O principal sinal de infecção pelo HPV é o surgimento de verrugas ou lesões na pele, normalmente uma manchinha branca ou acastanhada que coça. Pode ocorrer também coceira ou irritação. O problema é que muitas vezes, no entanto, a lesão pode não ser visível a olho nu, aparecendo em exames como colposcopia, vulvoscopia e peniscopia. 

Normalmente as lesões do HPV aparecem na região genital, mas podem ocorrer em outras partes do corpo: 

  • No organismo feminino, as lesões costumam se desenvolver na vulva, vagina, colo do útero; 

  • Na genitália masculina, o pênis é o local mais comum para aparecimento do HPV; 

  • Em ambos os gêneros, o ânus, garganta, boca, pés e mãos são locais em que o vírus do HPV costuma se manifestar. 

Mais de 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do HPV do organismo naturalmente, sem ter manifestações clínicas. 

  • Busque ajuda médica 

 

Lembre-se: nem toda verruga é causada por uma infecção por HPV. No entanto, se você apresenta verrugas ou lesões na região genital é importante buscar a orientação de um ginecologista ou urologista. 

Vale lembrar que, na maioria das vezes, o HPV é localizado nos exames de rotina das mulheres, até porque o problema pode não apresentar sintoma nenhum. 

Especialistas que podem diagnosticar uma infecção pelo HPV são: 

  • Ginecologista 

  • Infectologista 

  • Urologista 

  • Clínico geral 

  • Dermatologista. 

Tratamento 

Existem diversas opções de tratamento para os sintomas do HPV, que são usadas conforme o tipo de manifestação do HPV (se ele é uma lesão ou uma verruga) e também o seu grau e a localização da lesão ou verruga. Elas podem ser feitas nas lesões clínicas e subclínicas. Veja a seguir as formas de tratamento mais comuns: 

  • Cremes 

Lesões pequenas, em pequena quantidade ou mais externas podem ser tratadas como cremes e ácidos. Um dos mais usados é o ácido tricloroacético, mas existem outras opções. 

Além disso, cremes que melhoram a imunidade local (imunoterápicos) também são opções, mas costumam ser usados por um período mais prolongado. 

  • Retirada da lesão 

 

A retirada da lesão pode ser feita de diversas formas. Uma das técnicas mais utilizadas é a cauterização a laser, em que o feixe de luz é direcionado na lesão, queimando-a. Além disso, ela também pode ser feita com gelo seco (crioterapia), ácidos (cauterização comum) ou usando radiofrequência. 

  • E se o HPV não se manifestar? 

 

O tratamento do HPV é feito contra os sintomas, não há uma terapia que elimine o vírus, esse trabalho precisa ser feito pelo sistema imunológico sozinho. Portanto, se o exame do HPV detecta a presença do vírus, mas não há manifestações dele pelo corpo, nem mesmo subclínicas, o médico pode apenas pedir o acompanhamento mais de perto, com exames de rotina feitos com maior frequência. 

O HPV é uma infecção que costuma assustar, principalmente devido à sua relação com o câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. No entanto, se o HPV for detectado precocemente, ele é altamente tratável. Além disso, ele não funciona como o vírus do herpes, que o corpo nunca mais elimina e continua se manifestante sempre que a imunidade cai. O HPV costuma ser eliminado completamente do organismo após um ano e meio ou dois anos, principalmente em pessoas mais jovens. 

  • A pessoa com quem eu me relaciono também precisa se tratar? 

 

Sim, o parceiro ou parceira de alguém diagnosticado com HPV deve ir ao médico para investigar se também tem a doença. Caso haja alguma lesão clínica ou subclínica, é preciso que ele também se trate, para evitar os perigos da doença e também não transmiti-la novamente ao parceiro já diagnosticado. 

  • Convivendo/ Prognóstico 

 

Pessoas com o vírus HPV ativo devem ter cuidados básicos de saúde para ativar o sistema imunológico e ajudá-lo a eliminar o vírus. Evitar fumar, ter uma alimentação equilibrada, sempre ir ao médico com as frequências que ele determinar e fazer sexo seguro e protegido são medidas fundamentais para conviver bem com este diagnóstico. 

  • Complicações possíveis 

 

Entre os 150 tipos de vírus do HPV catalogados, 14 apenas podem causar lesões precursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. 70% dessas lesões são causadas pelos HPVs tipo 16 e 18, enquanto o HPV 31, 33, 45 e outros tipos menos comuns são encontradas nos casos restantes. Os principais cânceres relacionados ao HPV são os do colo de útero, um problema bem mais comum nas mulheres. 

No entanto, nos homens, o HPV também pode trazer problemas. Pesquisas recentes indicam que o vírus pode afetar o deslocamento do espermatozoide e sua capacidade de fecundação. 

Além disso, o HPV também está relacionado a lesões na região oral e no sistema respiratório superior como na língua, amídalas, palato e até mesmo no nariz. 

Por fim, existe a transmissão vertical do HPV, que pode ocorrer durante o parto. Essa transmissão é rara, ocorre em uma em casa 10 mil gestações com verruga de HPV. No entanto, suas consequências podem ser graves, já que podem causar papilomatose laríngea juvenil, doença em que a criança desenvolve as verrugas e lesões no sistema respiratório. 

  • HPV tem cura? 

 

Cerca de 90% das pacientes com HPV conseguem a cura completa da lesão e apenas 10% das pessoas mantêm o vírus sem recidivas. O mais importante é diagnosticar as lesões do HPV cedo, e isso só é possível quando se tem acompanhamento de rotina com seu médico, seja ginecologista ou urologista. 

  • Prevenção 

 

Além disso, a vacina do HPV é uma forma interessante de prevenir a doença. Existem duas vacinas para prevenção HPV aprovadas e registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que estão comercialmente disponíveis: a vacina quadrivalente, que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18. A outra opção é a vacina bivalente, que confere proteção contra HPV 16 e 18.

 

De acordo com a literatura científica, as vacinas contra o HPV previnem aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero, aqueles causados pelos HPV 16 e 18. Isso não elimina, porém, a necessidade de as mulheres passarem por consultas de rotina ao ginecologista para a realização de exames preventivos. 

A vacina contra o HPV é mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema e um momento importante para avaliar se há existência de DST. Ela funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo. 

A medida preventiva mais preconizada para o HPV é o uso de camisinha. A maior parte das transmissões desse vírus são sexuais e ao impedir o contato da pele entre os parceiros, a camisinha é uma das melhores formas de prevenir o problema. 

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