Isolamentos hospitalares
Como o próprio nome já diz, isolamento, afastamento, isso ocorre quando há necessidade de afastar parcialmente o cliente/paciente do convívio social/hospitalar, porque, de alguma maneira, ela pode transmitir bactérias, vírus ou alguma doença e, por isso, é tomada a precaução de deixar esses pacientes em isolamento, principalmente crianças e adolescentes em que há o maior índice de contrair outros tipos de bactérias e vírus no ambiente hospitalar.
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E POR QUANTO TEMPO ESSE PACIENTE VAI PERMANECER ISOLADO?
Isso vai depender dos resultados dos exames que serão acompanhados pela equipe médica e pela equipe de enfermagem.
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ISOLAMENTO E QUARENTENA SÃO A MESMA COISA?
Não é a mesma coisa. Quarentena é a reclusão de pacientes sadios pelo período máximo de incubação da doença, contado a partir da data do último contato com um caso clínico ou portador. Enquanto isso, isolamento é quando se segrega um doente do convívio das outras pessoas durante o período de transmissibilidade, a fim de evitar que outros indivíduos sejam infectados.
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PESSOAS EM ISOLAMENTO PODEM RECEBER VISITAS?
Sim, entretanto serão orientadas a usar os equipamentos de proteção individual, a depender do tipo de isolamento.
Precauções hospitalares
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PRECAUÇÃO PADRÃO OU UNIVERSAL
Foi criada com o objetivo de prevenir a transmissão cruzada de infecção ao receber cuidado, prestar o cuidado ou simplesmente estar presente no ambiente hospitalar. Usada com todos os pacientes, independentes dos seu diagnóstico.
Devem ser utilizadas quando houver risco de contato com:
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Sangue;
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Todos os fluidos corpóreos, secreções e excreções;
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Pele não íntegra;
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Mucosas.
A PRECAUÇÃO PADRÃO INCLUI:
—Higienização das mãos nos 5 momentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde;
—Uso de luvas, máscara, óculos de proteção ou protetor facial quando risco risco de exposição aos fluidos corporais;
—Desinfecção de equipamentos e materiais após todo o uso com os pacientes;
—Desinfecção de superfícies ao redor do paciente uma vez ao turno;
—Descarte adequado de resíduos perfurocortantes.
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PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA (GOTÍCULAS)
São indicadas para pacientes portadores de microrganismos transmitidos por gotículas de tamanho superior a 5 microns (1 micron é o equivalente a 0,001 milímetro), que podem ser geradas durante tosse, espirro, conversação ou realização de diversos procedimentos.
Exemplo: coqueluche, difteria, streptococos pneumoniae, neisseria meningitides e caxumba.
A PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA INCLUI:
—Quarto privativo ou coorte de pacientes com o mesmo agente etiológico, com distância mínima entre pacientes de 1 metro.
—A porta deve permanecer aberta.
—A máscara deve ser utilizada para aproximação ao paciente, numa distância inferior a 1 metro. Deve-se incluir o uso de máscara aos visitantes e acompanhantes.
—O transporte dos pacientes deve ser limitado ao mínimo e, quando for necessário, o paciente deve usar máscara.
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PRECAUÇÃO PARA AEROSSÓIS
Indicada para pacientes com suspeita ou infecção comprovada por microrganismos transmitidos por aerossóis (<5 microns) que ficam suspensos no ar e que podem ser dispersos a longas distâncias.
Exemplo: varicela, sarampo, tuberculose.
A PRECAUÇÃO PARA AEROSSÓIS, INCLUI:
—O quarto deve ser privativo, o coorte deve ser evitado. Quarto com pressão de ar negativa (mínima de seis trocas de ar por hora), e lembrando em manter cuidado com o ar que for retirado do quarto, filtrando com HEPA.
—Portas mantidas fechadas.
—Utilizar máscara N95.
—Indivíduos suscetíveis a sarampo e varicela não devem entrar no quarto de pacientes com suspeita ou portadores destas infecções;
—O transporte do paciente deve ser limitado, mas se for necessário ele deve usar máscara (a máscara cirúrgica é suficiente).
Cuidado de enfermagem: Caso o paciente seja transportado para realizar algum procedimento, deve-se levar máscara cirúrgica extra para realizar a troca a cada 2 horas.
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PRECAUÇÃO DE CONTATO.
Indicada para pacientes com infecções ou colonização por microrganismos com importância epidemiológicas e que são transmitidos por contato direto (pele-a-pele) ou indireto (contato com itens ambientais ou itens de uso do paciente).
Exemplo: KPC, VRE, infecções gastrintestinais, respiratória, pele e ferida colonizada, entéricas e grandes abscessos.
A PRECAUÇÃO DE CONTATO, INCLUI:
— Quarto deve ser privativo ou coorte quanto os pacientes estiverem acometidos com a mesma patologia.
— Recém-nascidos podem ser mantidos em incubadoras. Crianças e outros pacientes, que não deambulam, não precisam de quarto privativo, desde que se mantenha a distância de 1 metro entre os leitos.
— Usar avental limpo, não estéril ao entrar no quarto e retirá-lo assim que sair do quarto. Evitar contato com as roupas e superfícies ambientas.
— Em caso de transporte do paciente, devem ser aplicadas todas as precauções.
— Os itens de uso pessoal ou que o paciente mantém contato, devem ser submetidos a limpeza diária.
— Todos os equipamentos de cuidado com o paciente, devem ser de uso único, caso isso não seja possível, a desinfecção dos equipamentos se faz necessária.
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PRECAUÇÃO EMPÍRICA? O QUE É ISSO?
Tipo de precaução que é conhecida entre os profissionais de saúde (apesar de não ser reconhecida pelo Cofen ou Coren), são precauções baseadas nos sinais e sintomas devendo ser instituídas com o objetivo de diminuir o risco de transmissão de doenças até que ocorra a transmissão laboratorial. Abaixo uma tabela como exemplo:
O ENFERMEIRO PODE PRESCREVER ISOLAMENTO DE CONTATO?
De acordo com a resolução n° 007/2003 do Coren DF o enfermeiro não só pode como deve prescrever isolamento de contato, pois como integrante da equipe multiprofissional de saúde, permanece 24h ao lado dos pacientes, podendo vir a responder por omissão quando não tomar as medidas necessárias para garantir aos clientes e a equipe uma assistência de qualidade e isenta de riscos.
Doenças que necessitam de isolamento:
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VARICELA
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ZOSTER DISSEMINADO
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RUBÉOLA
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SARAMPO
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TUBERCULOSE
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MENINGITE
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DOENÇA MENINGOCÓCICA
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COQUELUCHE
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VÍRUS/BACTÉRIAS ENTÉRICAS
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VRS OU VÍRUS PARAINFLUENZA
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BACTÉRIA MULTI-R
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BACTÉRIA MULTI-R
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STAPHYLOCOCCUS/STREPTOCOCCUS