Endometriose
A endometriose é uma doença que pode ser potencialmente grave e ainda sem cura.
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O que é a endometriose?
O muco chamado de endométrio, que reveste o útero e é eliminado durante a menstruação, começa a migrar e crescer em outras regiões do corpo, afetando ovários, intestino, bexiga e toda a parte externa do útero. O endométrio que esta fora do lugar adere às paredes dos órgãos, criando nódulos e causando inflamação que acarretam fortes dores, as chamadas cólicas abdominais, quase sempre de forte intensidade.
Somente exames específicos podem classificar o estágio da endometriose, que pode ser de intensidade leve a severa. Não existe cura definitiva, apenas tratamentos que auxiliam no bem estar.
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De onde vem o problema?
Estudos mostram que alguns fatores como menstruação retrógrada, hereditariedade e sistema imunológicos deficientes podem ocasionar ou estar diretamente ligados às causas da endometriose.
Ainda hoje, o diagnóstico é demorado, outros sintomas também podem ajudar na detecção da endometriose, como dores durante as relações sexuais, dificuldade para urinar ou evacuar durante o período menstrual e sangramento intenso.
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Quais os sintomas?
O quadro clínico da endometriose é diversificado, sendo que cerca de 16% das pacientes são assintomáticas.
As principais manifestações clínicas da doença são a dismenorreia, com piora progressiva, evoluindo muitas vezes para dor pélvica crônica acompanhada de dispareunia. Grande parte das pacientes também apresenta infertilidade. Embora essas manifestações sejam muito sugestivas de endometriose, nem sempre estão presentes, não são exclusivas desta doença e requerem o diagnóstico diferencial com outras condições, como aderências, processos infecciosos, neoplasias, patologias intestinais ou urinárias, entre outras.
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Quais são os tratamentos?
Eles vão de medicamentos à cirurgias específicas, hoje mais comumente as laparoscopias, que ajudam a reduzir as dores e a melhorar a qualidade de vida.
A primeira medida é geralmente o anticoncepcional de uso contínuo, para inibir a menstruação. A segunda é a cirurgia que consiste em remover o tecido endometrial aderido aos órgãos ou até mesmo a retirada do útero, ovários ou parte do intestino, quando necessário. Esses procedimentos são geralmente rápidos e sem complicações, a paciente retorna às suas atividades rapidamente e apresenta melhora considerável, porém as lesões podem voltar anos após uma intervenção cirúrgica, portanto o acompanhamento médico é essencial.
ENDOMETRIOSE SUPERFICIAL NA LAPAROSCOPIA
1: lesão vermelha; 2 e 4: lesões negras; 3: lesão branca