HIPERDIA
SISTEMA DE CADASTRAMENTO E ACOMPANHAMENTO DE HIPERTENSOS E DIABETICOS.
Nas ultimas décadas verificou-se que a partir das mudanças nos padrões de vida, alimentação, práticas de exercícios e tabagismo, o perfil das morbidades também se alterou, destacando-se o crescimento das DCNT (Doenças Crônicas não Transmissíveis). A maioria dessas doenças apresenta fatores de risco modificáveis, como o tabagismo, o sedentarismo, a alimentação inadequada e o etilismo. Neste contexto, hipertensão e diabetes assumem grande parte desse crescimento e afetam indivíduos de todas as idades, principalmente idosos.
O HIPERDIA é um programa criado pelo Ministério da Saúde em 2002, que realiza o cadastramento e acompanhamento de portadores de Hipertensão e Diabetes Mellitus. Com o programa é permitido gerar informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados.
A equipe envolvida no programa recebe o nome de Equipe de Saúde a família (médico, enfermeiro, técnico em enfermagem, agentes comunitários).
O programa permite às gestões públicas adotar estratégias de intervenção. É possível conhecer o perfil epidemiológico da Hipertensão e do Diabetes Mellitus na população.
O programa deve contar com a seguinte linha de cuidados:
- atendimento médico;
- atendimento de enfermagem;
- assistência fisioterápica;
- assistência odontológica;
- acompanhamento nutricional;
- avaliação oftalmológica;
- atividade física;
- assistência farmacêutica.
Podemos destacar como objetivo do programa:
- Garantir as consultas (evitar as desmarcações sucessivas de consultas);
- Diminuir o intervalo entre as consultas de controle;
- Prevenção (diagnostico mais precoce possível das complicações);
- Aumentar o acesso aos cuidados e orientações;
- Criar banco de dados;
- Criar uma rotina/ maior responsabilização e fidelização dos pacientes.
Como funciona:
- Destinar uma semana ou dias para atendimento do grupo;
- Promover uma vez ao mês passeios externos, com a função de lazer, mas realizando rodas de conversa sobre melhoria na qualidade de vida e cuidados com as doenças;
- Atendimento sequencial;
- I.E.C
- Triagem (PA, CA, Alt., Peso, IMC, GC).
- Avaliação médica;
- Medicamentos.
Tudo deve ser anotado no cartão Hiperdia e arquivado.
Durante o período de estagio pude presenciar o andamento do programa na UBS Maria Giarde Cury – Novo Osasco. Lá o programa HIPERDIA é posto em pratica e tem ajudado muito a controlar e melhorar a saúde de moradores da região. A equipe chamada de Saúde da família é composta por: médico, enfermeira, técnico em enfermagem, dentista e agentes comunitários de saúde.
Três vezes por semana são realizado reuniões na UBS com os pacientes já cadastrados no programa, são realizados passeios mensais, assim um incentivo a lazer e a manter os cadastrados firmes no programa.
Se um participante cadastrado falta em duas reuniões seguidas, os agentes entram em contato por telefone, se não houver sucesso ou o participante continuar a faltar os agentes vão ate sua residência para verificar o porquê das faltas.
Mas acho que o programa apesar de funcionar bem na UBS do Novo Osasco, contem falhas em outras UBS e municípios, uma delas e a pouca divulgação do programa, nem todos tem acesso e conhecimento, talvez até por falha da própria equipe de algumas unidades, onde o paciente passa por consulta e é detectado hipertensão ou Diabetes e não é feito o cadastro e nem a apresentação do programa.
Além de uma divulgação maior, deve-se aumentar o quadro de agentes comunitários, na UBS do Novo Osasco só tem duas agentes comunitárias e isso se torna pouco se analisar o tamanho do bairro e casas a percorrer.
Ampliando o quadro de funcionários envolvidos no projeto, a divulgação será mais ampla e chegara com facilidade aos que precisam. Deve se procurar uma evolução constante no sentido de não homogeneizar, mas sim construir e fortalecer as relações para que cada participante possa contribuir através de suas vivencias e se beneficiar desta estratégia